Sabe quando tudo conspira pra alguma coisa acontecer?
Quando algumas das coisas que você mais gosta de fazer te envolvem com algum desejo que tu sabes que a mensagem é pra você, mas ainda fica na dúvida e precisa de um empurrãozinho?
Pois é. Na verdade, esse desejo meu já estava latente desde que decidi que iria aprender a cozinhar. Mas daí, um estilo de cinema que eu gosto e um dos meus passatempos favoritos jogarem a favor... Aí tem coisa!
Vamos aos fatos:
Sou fã assumido de cinema... Meu orkut denuncia. Sempre que atualizo meu perfil é porque assisti algum filme novo ou li alguma coisa nova. Eu adoro filmes de animações (CG), devido às infinitas possibilidades de abordagens que bons diretores podem fazer. Os Incríveis, Procurando Nemo, Monstros S.A., Madagascar, Os Sem-Floresta e por aí vai, são exemplos de ótimos filmes.
Agora imagina só o mais novo filme da Disney/Pixar, Ratatouille: Somos apresentados a Remy, um ratinho que é diferente de todo o seu bando. Ele odeia a tarefa de localizar e comer restos de comida. Ele adora cozinhar e sempre que pode, assiste ao programa do seu ídolo na cozinha. Num belo dia (não foi tão belo assim), ele vai parar em Paris e cai no restaurante desse chefe famoso, que após falecer deixa seu restaurante entregue à pessoas que não são tão fãs assim de restaurantes, mas de fast-food e comidas-prontas. Remy acaba ajudando um faxineiro, Linguini, a se tornar uma celebridade nas cozinhas. Pode parecer absurdo a junção de rato e cozinha (tem umas cenas de muitos ratos correndo que chega a dar nojo), mas o filme é delicioso de se assistir. Remy é indiretamente "um símbolo", já que ele vence o preconceito de sua família e até mesmo de sua espécie, e corre atrás de seu sonho. O melhor filme que assisti esse ano. E o final é perfeito. Absurdo, mas perfeito!
Já na literatura, tenho que abrir um parentêses bem grandão: (Ultimamente tenho curtido muito Franz Ferdinand, por ser uma banda que modificou o cenário Pop/Rock com as músicas mais legais e dançantes que se tem notícia, pelo menos pra mim). Outro dia, li que o vocalista do Franz Ferdinand, Alex Kapranos, estava lançando um livro. Fiquei curioso para saber sobre o quê e confesso que fiquei mais surpreso ainda com a tradução do título: Sound Bites/Mordidas Sonoras. Quando descobri que era sobre culinária, fiquei louco esperando o lançamento. Comprei outro dia e devorei-o. Cara, o livro é muito divertido. Alex Kapranos escreve muito bem. É divertido ler suas histórias sobre sua infância, sobre os tempos em que ele trabalhava em restaurantes e sobre as turnês com a banda. Tem histórias curiosas em todos os cantos do mundo. Do Brasil, tem o dia em que ele provou sorvete de milho-verde. Tem uma passagem da época que ele era ajudante de cozinha e tal, onde ele corta a ponta de um dedo e o pedaço fica pendurado, o chefe imediato dele diz que sabe como parar aquele sangramento: Enfiou o dedo dele no sal grosso (ui!) e completou: Nunca mais você cortará ESTE dedo. E Alex encerra: Ele tinha razão, ao invéz disso, cortei TODOS os outros.
Não quero que ninguém venha gostar de Franz Ferdinand e nem vá ao cinema assistir Ratatouille, só por causa destes comentários, mas são duas experiências que, para quem gosta ou é curioso, saborosas ao extremo!