Um Estranho na Cozinha!

: :

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Nada de mais...

Nada de mais mesmo.
Lembro que a época que comecei a cozinhar foi a mais engraçada de todas. Geralmente as coisas davam errado mesmo e eu tinha nojo de fazer outras também.
Não que as coisas tenham mudado. :) Não mesmo!

Eu ainda não tenho esse monte de frescuras, mas quero comprar algumas pra evitar ficar com a mão na massa, porque, cheiro de ovos na mão, ninguém merece. Outro dia estavamos (Thais e eu) fazendo um empadão de frango muito bom, e pra fazer a massa, tinha que colocar as mãos na mesma. Ugh! E pior que parecia que não ia ficar pronta nunca. E tinha ovos, manteiga... Ugh! A melhor parte é que quando você menos espera começa a desgrugar tudo da mão. Mas o cheiro não sai fácil.. hm, hm.. :/

E pensa assim: Numa receita tem escrito 3 Ovos; Duas colheres de margarina; 4 copos americanos de leite. Calma lá! Até os 3 ovos tudo bem. Mas duas colheres de margarina? "Pode ser manteiga?", "Com sal ou sem sal?", "Duas colheres cheias?". Que peste é essa de copo americano? Ele fala inglês é? :S

Aos poucos fui entendendo como "funcionavam" as receitas e aos poucos vi que não era nenhum bixo de 7 cabeças. É muito divertido, isso sim. Mas como bom cozinheiro e homem, eu sou adepto do "Seguir a receita ao pé da letra". E ouço reclamações por causa disso, viu?
Outro dia estava vendo uma reportagem no Jornal Hoje sobre os novos hábitos do homem, e falavam sobre o se virar na cozinha. E vem uma esposa dizer que o marido cozinha muito bem e bibibi-bábábá, porém, insinua que o único defeito do cara é que ele tem um ralador pra cenoura, outro pro coco (o acento é muito importante, tá vendo? Quem tiver oportunidade passa na Av. San Martins, quase no retiro, pra tomar uma água diferente. Ah! É gelado). Que mal faz em separar os raladores, as frigideiras, as assadeiras? Oras... Depois vem dizer que homem na cozinha é sinônimo de bagunça.

Vou colocar o link da receita que fizemos. Uma delícia. PS: Colocamos catupiry na base antes de adicionar o frango. Ficou muiito bom!!

Link:
http://tudogostoso.uol.com.br/receita/8054-empadao-de-frango-delicioso.html

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Reabertura da Cozinha: EM BREVE!

Dois meses sem postar? Vixe²!
Graças a Deus o semestre está acabando.
Isso significa que em breve, muiito em breve, a cozinha será reaberta.
Não que eu não tenha histórias para contar, mas estas estão realmente reduzidas.
Idéias e receitas não faltaram. Algumas surpresas deliciosas apareceram e foram aprovadas.
Mas falta ainda o semestre acabar de verdade. E eu não aguento mais estudar. É: final à vista...

Então, vamos que vamos.
- Aguardem - (até parece que tem tanta gente que lê isso!) :)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Surpresa!

Tem coisa mais romântica do que fazer um almoço/jantar pra quem você ama?
Pois é... Mas quando você sabe o que fazer, o que você irá usar e quando você sabe a hora que a pessoa irá chegar ajuda bastante.
Final de semana desses meus pais viajaram. Segundo minha mãe, ela deixaria tudo pra almoçarmos numa boa durante a ausência dela. Convidei Thais pra almoçar lá comigo no domingo (no sábado eu havia almoçado na casa dela). Lá em casa só estávamos meu irmão e eu mesmo, só que ele está "de mal" comigo e não me disse algumas coisas, como por exemplo onde estava a carne, o frango e outras coisas. Logo, fui a geladeira. Passei pelo congelador (freezer, né?), aquela parte de baixo e fui aos confins da geladeira e não achei os benditos. E Thais vindo já...
Peguei o livro que a mãe dela me emprestou pra ver o que eu poderia fazer. E só tinha prato com nome estranho. O desespero já havia tomado conta de mim, só de pensar que nosso almoço poderia ser biscoitos e salgadinhos. Mas eis que achei uma receita aparentemente fácil: Rocambole de Batata. É... lembro de quando comi isso pela primeira vez. Tava na casa de Milena, estudando com ela e a mãe dela sabia que eu não gostava de batata. Fez e colocou na mesa. Comi e repeti. Quando acabei ela disse o que era. Fiz uma careta. E ainda disse o ápice da ignorância batatal: Bem que eu vi um pedacinho de batata. E ela riu e disse como era feito o rocambole. Desde então eu como batata.

Fui no mercado rapidinho. Comprei tudo. Mas mesmo assim faltava algo. Não iamos comer só o rocambole puro, né? Fui na internet (ai ai ai) e peguei uma receita de Arroz Soltinho :)
E pau na máquina. Só que Thais já estava chegando. Num ia rolar o efeito surpresa. E nem rolou mesmo pq ela chegou. Mas ela me deu uma mão. Uma mãozona! Porque tipo, ela me ajudou com tudo. Principalmente no arroz. Que provavelmente ia ficar uma droga.
E o rocambole, hein? Dificuldade mesmo só na hora de enrolar. Mas ficou gostoso.
Quando meus pais chegaram a noite que foi engraçado. Primeiro que o rocambole acabou. Segundo que mainha me amostrou aonde estava o almoço - Surpresa!. Er... Ops!
Ahh! Da segunda vez (pra variar) que fizemos, ficou ainda melhor (muito melhor!!). Qualquer dia posto a receita pra quem quiser.
E a verdade absoluta continua: Falta tempo para pôr em prática algumas coisinhas que tô aprendendo (lendo). Mas nas férias vou voltar com força total.
:)

domingo, 2 de setembro de 2007

Tem mais?

Pô.. faculdade e estágio tomando meu tempo... Fica difícil postar e até mesmo cozinhar. O tempo tá curto, mas vai aí mais uma historinha.

Assim, sempre que penso em fazer uma receita penso em quem vai comer também. Principalmente para evitar o desperdício.Mas há dias que a vontade de fazer algo, ultrapassa o pensamento acima. Por exemplo: não posso pensar em fazer um estrogonofe (que nome mais feio, rapaz) de frango, sabendo que meus pais não irão comer, devido a quantidade de gordura. Mas se for pra matar minha fome e vontade de cozinhar, eu faço e eu mesmo como, vuh?Num dia desses mesmo, me deu vontade de fazer pastéis de forno, já que eu já tinha os materiais pra massa, faltaria só algo para o recheio. Queijo, oras...

Mãos a obra.

Modo Olivia Portela [x] Ligado [ ] Desligado:

* 3 Xícaras de farinha de trigo * 150g de Manteiga * 1 Ovo * 1 Colher de Sopa de Vinagre * 1 Colher de Sobremesa de Sal

Jogue tudo num recepiente e misture com as maos ate ficar uma massa homogenea. Depois, enrole em papel filme e deixe na geladeira por 30 minutos. Pra parada crescer.Depois disso, comece a enfarinhar alguma superficie pra comecar o trabalho bracal com o rolo.Ai é só modelar os pasteis, rechear com o queijo (ou o que vc quiser, né?) e pincelar com uma gema e pronto. Coloca no forno e espera dourar ou o cheiro empestiar a casa.
Num deu outra. Ficou bom, viu? Cara, meu pai estava voltando do mercado quando os pastéis ficaram prontos. E só sei que ele comeu. E comeu com gosto! Mainha já tava corujando lá mesmo, pegou alguns. Minha tia, idem. Quase que eu não como e não guardo pra Thais (a cobaia). Até o moço que trouxe as compras com meu pai comeu...
Só ouvia meu pai dizer: "Tem mais aí, não?" Não... Mas vou fazer domingo. "Bota o frango que tá aí no congelador". Opa! Beleza.
Agora, o estranho foi que a primeira vez que eu fiz (o caso acima), rendeu uns 12 pastéis pequenos. Muito pequenos. Mas no domingo, que Thais foi lá, rendeu bem uns 20 e poucos. A mesma quantidade de massa.
Eu, hein?

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ops!

Sempre há tempo pra fazer alguma arte (Thais me convenceu a fazer uma farofa de banana e fizemos um rocambole de batata. Ficaram ótimos... Sem modéstia!). Mas as aulas na faculdade voltaram e a cozinha está temporariamente fechada.

:]

Em breve vou postar dois textos que tenho salvos no computador.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Conspiração: Cozinha!

Sabe quando tudo conspira pra alguma coisa acontecer?
Quando algumas das coisas que você mais gosta de fazer te envolvem com algum desejo que tu sabes que a mensagem é pra você, mas ainda fica na dúvida e precisa de um empurrãozinho?

Pois é. Na verdade, esse desejo meu já estava latente desde que decidi que iria aprender a cozinhar. Mas daí, um estilo de cinema que eu gosto e um dos meus passatempos favoritos jogarem a favor... Aí tem coisa!

Vamos aos fatos:

Sou fã assumido de cinema... Meu orkut denuncia. Sempre que atualizo meu perfil é porque assisti algum filme novo ou li alguma coisa nova. Eu adoro filmes de animações (CG), devido às infinitas possibilidades de abordagens que bons diretores podem fazer. Os Incríveis, Procurando Nemo, Monstros S.A., Madagascar, Os Sem-Floresta e por aí vai, são exemplos de ótimos filmes.
Agora imagina só o mais novo filme da Disney/Pixar, Ratatouille: Somos apresentados a Remy, um ratinho que é diferente de todo o seu bando. Ele odeia a tarefa de localizar e comer restos de comida. Ele adora cozinhar e sempre que pode, assiste ao programa do seu ídolo na cozinha. Num belo dia (não foi tão belo assim), ele vai parar em Paris e cai no restaurante desse chefe famoso, que após falecer deixa seu restaurante entregue à pessoas que não são tão fãs assim de restaurantes, mas de fast-food e comidas-prontas. Remy acaba ajudando um faxineiro, Linguini, a se tornar uma celebridade nas cozinhas. Pode parecer absurdo a junção de rato e cozinha (tem umas cenas de muitos ratos correndo que chega a dar nojo), mas o filme é delicioso de se assistir. Remy é indiretamente "um símbolo", já que ele vence o preconceito de sua família e até mesmo de sua espécie, e corre atrás de seu sonho. O melhor filme que assisti esse ano. E o final é perfeito. Absurdo, mas perfeito!



Já na literatura, tenho que abrir um parentêses bem grandão: (Ultimamente tenho curtido muito Franz Ferdinand, por ser uma banda que modificou o cenário Pop/Rock com as músicas mais legais e dançantes que se tem notícia, pelo menos pra mim). Outro dia, li que o vocalista do Franz Ferdinand, Alex Kapranos, estava lançando um livro. Fiquei curioso para saber sobre o quê e confesso que fiquei mais surpreso ainda com a tradução do título: Sound Bites/Mordidas Sonoras. Quando descobri que era sobre culinária, fiquei louco esperando o lançamento. Comprei outro dia e devorei-o. Cara, o livro é muito divertido. Alex Kapranos escreve muito bem. É divertido ler suas histórias sobre sua infância, sobre os tempos em que ele trabalhava em restaurantes e sobre as turnês com a banda. Tem histórias curiosas em todos os cantos do mundo. Do Brasil, tem o dia em que ele provou sorvete de milho-verde. Tem uma passagem da época que ele era ajudante de cozinha e tal, onde ele corta a ponta de um dedo e o pedaço fica pendurado, o chefe imediato dele diz que sabe como parar aquele sangramento: Enfiou o dedo dele no sal grosso (ui!) e completou: Nunca mais você cortará ESTE dedo. E Alex encerra: Ele tinha razão, ao invéz disso, cortei TODOS os outros.


Não quero que ninguém venha gostar de Franz Ferdinand e nem vá ao cinema assistir Ratatouille, só por causa destes comentários, mas são duas experiências que, para quem gosta ou é curioso, saborosas ao extremo!

sábado, 4 de agosto de 2007

É pavê ou pá cumê?

Tem piada mais tosca do que essa quando você pede um pavê na rua? Coisa mais sem graça...
Mas pavê é bom, viu? Dia desses tava pensando em inventar algo. Fui no supermercado pra comprar chocolate e outras coisas assim e vi um biscoito champanhe (champagne pra quem preferir). Namorei... E olhei o verso: Uma receita duma "Delícia de Côco" (novamente, o acento é muito, muiiiito IMPORTANTE!!") e a receita de um pavê. Plim!

Já é!
Comprei duas caixas de biscoitos champanhe e decidi fazer o pavê. Mas ainda demorei alguns dias pra fazê-lo. Fiz numa quinta-feira chuvosa. Eu só tinha aula na faculdade no segundo horário, às 20h30 e não iria encontrar Thais aquele dia. Então, o que é que eu tava esperando?
Na receita tinha assim: 400g de creme de leite, 1 vidro de leite de côco, 3 colheres de chocolate em pó, três colheres de amido de milho, 200 gramas de chocolate, duas xícaras de leite. Coloca tudo numa panela e joga no fogo até engrossar. Foi o que fiz. E eu lá queimando a mão e nada da parada fazer efeito. De uma hora pra outra *bufo*! Ficou tão grosso quanto a lama do Centro Administrativo. Deixei esfriar e comecei a arrumar os biscoitos num refratário. Mainha veio corujar. "Deixa eu provar aê!"... "Hmmmm... Tá com um gosto estranho...". Colé mainha? Tá de sacanagem, né? "Xô ver o leite aí...". Ela dá uma cheirada só. E parece que ela havia queimado o nariz, tamanha a velocidade que sua cabeça foi para trás. Se fosse pra comparar, mainha seria igual a um maestro que sabe qual é a corda, de qual instrumento de uma orquestra com mais de 100 músicos está desafinada. O leite tava estragado. Pô... mó trabalhão pra fazer aquele troço lá. Corro pro supermercado. Compro alguns materiais novamente e recomeço o trabalho. E vou lendo a receita, viu? Com a supervisão de minha mãe. Coloco o leite, o amido de milho (que eu achava que era vitamilho até a supervisora me puxar a orelha... vai entender...), o leite, o creme de leit... Peraí! Aff... É doce de leite... Mainha ri pra caramba. Eu já havia colocado metade da caixinha ( de 200g) e abro o leite condensado e jogo lá. Ocorreu o mesmo efeito da primeira vez e fiz o pavê mesmo assim. Arrumei como na receita e levei ao freezer. Fui pra faculdade. Quando chego em casa, já haviam experimentado e haviam dito que estava bom. "Estava bom". Não estava ótimo ou delicioso... Estava bom. Provei e sinceramente? Não gostei. Estava realmente "bom". Bem, tava mais ou menos. Mas não curti o gosto por preconceito ao creme de leite. E o pavê não ficou negão igual a ilustração da caixa, não. Tinha que ficar preto. Da cor do chocolate mesmo. Eu só sei que comeram tudo (ou será que deram pra Tovão e eu não soube?).
Há algumas semanas, resolvi refazer o pavê. Só que dessa vez, fiz tudo igualzinho a receita. Só não coloquei o doce de leite, fiz com leite condensado mesmo. Coloquei uma cobertura insana, que o deixou com uma cara sensacional. Pus no freezer e fui pra casa de Thais. Quando eu voltei. Afff. Tava muito bom. Mas tava parecendo sorvete. Tava muito, mas muito bom mesmo! Qualquer dia desses vou refazê-lo pois da primeira vez eu não molhei o biscoito (Oxe! Que conversa mais baixo astral) e da segunda vez, molhei o biscoito até demais (oxeee!²).

Uma das poucas fotos das coisas que faço:


Mas fala a verdade: É pá vê mesmo? hmmmm

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Dá, dá! Au, Auuu!

Todo mundo sabe que o cachorro é o melhor amigo do homem.
Todo mundo sabe também, que até determinada idade, as crianças não mentem (passou no fantástico do último domingo algo que talvez contrarie esta afirmação).

Tovão está conosco há 12 anos. É um cachorro relativamente velho. Mas é uma criançona! É um brincalhão. Sempre que dá, a gente faz uma gracinha pra ele. Dando algo do nosso prato. Provavelmente porque aquelas bolinhas da Pedigree são uma merda mesmo. Nas primeiras semanas dele aqui em casa, lembro que ele não conseguia ficar em cima de uma bola de basquete levemente alterada (ela tinha uns 30cm mais ou menos quando nova, nesta época, ela tinha uns 15cm) e hoje ele põe esta mesma bola na boca e sai feliz com o cotoco de rabo dele balançando (é, ele não tem o rabo... nasceu assim). Pois, nessas primeiras semanas ele meteu a língua no meu refrigerante, lambeu uma garrafa de remédio para gripe e roubou um chocolate da minha mão. Acho que isso o fez ser um viciado em doce.


Minha sobrinha Maria Luiza (Lulu) tem 1 ano e uns meses. Pra idade dela, ela possui um vocabulário muito vasto que incluí: ô_Ô e ó_Ó (vovô e vovó), titio, Iel (Daniel), solta-solta, puá (pula), mamãe e papai... Antigamente ela comia de tudo, mas hoje o paladas dela está muito selecionado. Papinha? Eca! Gagau? Eca! Bananinha amassadinha?! Eca! Lulu só come o rango dos pais, tios, avós... Tem feijão, frango, carne, arroz e uma farofinha do titio? "Dá... Meu!"... Tá pensando o quê?


Dia desses inventei de fazer uma torta gelada americana que vi na net. Estava muito empolgado porque semanas antes, Thais e eu havíamos feito a Torta de Limão (hmmm)... E me empolguei pra fazer essa porque a massa que seria a forma onde ficaria a torta em si, era igualzinha... O recheio que era de chocolate só. Fui pra cozinha com o material na mão.Fiz a massa. Levei ao forno. Esperei o tempo para assar e... Que diabo é isso?! Ficou mole. Cheirando a manteiga... Num tá muito bom não... Vou refazer pra ver qual é.Lá vai: 2 xícaras de Farinha de trigo, Duas colheres de manteiga, Açúcar, Leite e pronto. Mistura tudo com a mão. Forra o fundo da forma e pau pro forno. Cheira que nem o da padaria. Peço o favor a minha mãe pra desligar enquanto faço o recheio.Leite condensado, Leite, Chocolate em pó, Meia xícara de água e Um pacotinho de gelatina sem sabor. Mistura tudo no liquidificador. E espera a massa assar.
Droga! A massa ficou uma droga de novo... Mainha manda esperar a massa esfriar. Mas eu já tava tão chateado que resolvi analizar a testura do recheio após levá-lo à geladeira: Outra droga. Quer saber de uma? Vou jogar fora! "Não jogue não menino!", grita mainha de lá. Ela olha o recheio, acha muito doce. Espera um pouquinho. Põe um pouco do recheio na massa, prova e faz uma cara de "será que vai chover?" e diz: Tá gostoso. Tá bom... Acredito! ¬¬
Minha sobrinha, tava lá em casa esse dia. Ela viu mainha comendo e resolveu provar. Pense que se eu quisesse fazer um lache para crianças até 2 anos, eu faria o maior sucesso. Lulu adorou aquela porcaria. Aquela porcaria chamada de massa... Porque a esta hora eu já havia jogado o recheio todo num saco e depois no lixo. E eu só ouvia: Dá! Dááááááá! E mainha se acabava de rir...Tovão chegou mais tarde. Farejou alguma coisa ruim no ar e correu pra cozinha! Zip! Latiu... Latiu... Latiu... Quando fui ver, ele tava de olho na droga da massa. Pense aí: Dois coelhos com uma cajadada só! Como lanche para crianças já fez sucesso, imagina com os cães e gatos? Ficaria rico!


Desisti da idéia da torta gelada de chocolate.


Criança é ou não é sincera?
E os cachorros? São ou não os melhores amigos dos cozinhei... do homem?




PS: Era pra ficar assim:






Mas não chegou nem perto :(

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Bolos & Tortas (hmmmm)

Ahhh! O amor.
Se um dia eu disser que essa história de cozinhar só foi por força de vontade e pra ter um diferencial em relação a muitos homens por aí, eu não vou estar mentindo. Mas (ahá!), existe uma pessoa que me incentivou muito: Thais, minha namorada (parceira, irmã, mãe, cúmplice, assistente de cozinha, degustadora oficial... enfim, minha vidona!).
Senta que lá vem a história.

Dia desses estavamos com fome e resolvemos (na verdade ela resolveu) fazer um bolo de caixa (mistura pronta, tá ligado? Ovo, leite, margarina e a mistura e voí là). Decidi acompanhá-la à cozinha. E eu lembro que ela me deu a colher-de-pau e falou pra eu ficar lá, mechendo até tudo ficar lisinho. Foi a única coisa que fiz. O bolo ficou uma delícia. E ela, a namorada mais mãe do mundo (porque mãe é aquela que elogia o filho pra lá e prá cá, seja feio, seja bonito, seja o bolo uma droga, seja o bolo bom), ficou se (me) gabando que eu fiz um bolo de caixa muito bão! Mas convenhamos, bolo de caixa, qualquer um faz... Né não? Pois é, segundo meu amor, não! Ela diz que tem pessoas que conseguem fazer o ato insano de solar esse bolo (não vou contar quem).
Comprei várias caixas depois pra fazer em casa. A primeira vez que fiz lá em casa foi meio desastre. Meio porque o bolo estava uma delíca. A outra metade... Bem, foi a cobertura. Dei uma de "zezinho", pois na própria embalagem do bolo tinha uma receita de cobertura. Utilizava uma barra de 200g de chocolate meio amargo, açúcar e água. Mas não veio especificando como era exatamente para ser feita. Depois de ouvir dizer que a cobertura estava queimada, que me disseram que tinha que ser em banho-maria... ai ai.
Bom, depois disso foi um festival de bolos. Teve de tudo:
Laranja: Esse eu fiz sozinho.. Não tive ajuda de caixa nenhuma, nem mistura. Peguei a receita na net e fiz tudo! Ficou bom. Só não tinha gosto de laranja... Acontece, né?
Côco (o acento é muito importante): Esse foi o bambambam lá em casa... Nem comi direito. Se não me engano, eu não tava com vontade de fazer mas estava curioso pra sentir o gosto. Comprei leite condensado e côco ralado. Ficou uma delícia. Provei um pedacinho e fui pra faculdade. Quando voltei fiquei só na vontade... Snif...
Torta Gelada de Limão: Pois bem, dia desses pensei em fazer uma torta gelada de limão pra ela. Comprei todos os ingredientes e fiquei me dando prazos pra fazer. E o tempo passava e nada d'eu fazer a torta. Até que um belo dia Thais me pediu pra levar as coisas pra casa dela.
Fizemos tudo como na receita: farinha de trigo, mateiga e ovos pra massa. Leite condensado, gelatina sem sabor, suco de limão (não lembro agora se colocamos creme de leite, acho que sim) para o recheio. Batemos as claras em neve e raspas de limão para a cobertura. Sem comentários... Ficou igualzinha (senão melhor) que a de uma das lanchonetes do iguatemi... hmmm! Senti o gosto agora. :) Todo mundo adorou. Thais até inventou uma derivação dessa que foi a de Maracujá.
Torta de Côco e Chocolate: Pense num dia corrido... Efetuar pagamento da faculdade, comprar o que faltava para a receita, comprar o presente dela... Sim, era o aniversário de meu amor! E deixei tudo pra última hora. Na verdade eu não ia nem comprar presente porque a torta seria o tal, mas ela merece muito mais e tive que correr! E muito!
Algumas semanas antes, eu havia aprendido a fazer brigadeiro. Pô... Quando eu comia aquilo, achava que dava mó trabalheira pra fazer... Pensava até, que era por isso que mainha (mamãe > mãe > mãezinha > mainha... Simples assim) não fazia mais... Bahhh! Tão besta que fiz umas três vezes durante essa semana. Com granulado e tudo, viu?
Cheguei em casa umas 14h. Tomei banho e corri pra mesa da cozinha. E fiz o de côco primeiro. Só que o bolo geralmente leva 50 minutos para assar e eu teria que fazer tudo muito rápido com uma forma só. Mas minha tia (aquela da farofa) possui duas assadeiras iguaizinhas... Foi minha salvação. Fiz o de chocolate e coloquei no forno junto ao de côco... Assaram.
Mas peraí!!! Porquê tá tão fininho e seco nas pontas? 15h50 (mais ou menos) e eu tinha que sair 16h30 pra encontrar com ela no trabalho e depois direto pra casa dela. E agora? Pelo menos o meio tava fofinho... Pronto. A primeira faz Tchan! A segunda faz Tchum! E tcham, tcham, tchaam! Cortei os bolos em 2 pedaços, cada. E a bandeja, rapaz? Peguei duas na minha casa, mas nenhuma prestou. Vi a que fica na mesa da cozinha da minha tia e foi essa mesmo! 16h. Comecei a fazer o recheio que fica entre os bolos. Leite condensado, margarina (manteiga) e côco ralado. Fiz o brigadeiro (que não ficou tão sólido assim. Ficava escorrendo pelos lados..) e montei a obra de arte. E tome-lhe chocolate granulado no bixo... Cobri com papel laminado e corri pro banho.
E eu pensando como aquela torta parecia estar horrível. Tudo feito às pressas... Não ia prestar.
Na hora do aniversário me surpreendi. Tava uma delícia! Parecia que havia sido feito por outra pessoa e substituído na hora "H". Todos adoraram na casa dela...
Tenho certeza de que essa coisa de cozinhar requer talento. Mas né por nada não, a pessoa tem que se arriscar primeiro (como em qualquer outra coisa na vida). É a única maneira de se ter certeza, de provar pra si que você é capaz de fazer.
Ah! E se não der certo, tente outra vez!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Pipoca & Farofa

Cara, escrever é ótimo. E escrever sobre suas experiências é melhor ainda...
Nunca tive curiosidade alguma sobre a arte de cozinhar, mas lembro que minha infância foi repleta de lanches e guloseimas que minha mãe e minha tia faziam. Era muito bom! E quase todo dia era um quitute diferente: Brigadeiro, Pãozinho, Cavaco (hmmm), Bolos, Mousse, Sorvetes, Cachorro-Quente, Salgadinhos, Pizza... Era tanta coisa. Mas depois de um tempo, esses lanches começaram a ser feitos com um intervalo bastante grande. Até que viraram raridades. Só bolo mesmo que nunca faltava.
Nem pipoca, bixo... Aí, num belo dia eu perguntei a minha mãe como é que fazia aquela coisa. Ela explicou. Eu fiz. Ficou tão boa (melhor, segundo mainha) quanto à dela.
Virei um expert em pipocas: Doce, Salgada... Só faltava o carrinho para eu poder ficar no Campo Grande vendendo. Mas teve uma hora que encheu. Eu fazia e não comia... Depois daí, nunca mais vi o fogão.
Até um dia, recentemente (tipo, uns 4 ou 5 anos atrás), minha mãe decidiu que ninguém comeria mais farofa (conheces aquele provérbio muito escutado em construções: "Se farinha fosse bala, baiano era metralhadora). Putz! Pirei... Adorava farofa, mas vamos lá, aquilo faz um mal danado pra saúde e bibibi-bábábá, mas é muito bão! Resolvi aprender a arte de fazer farofa.
E não é que deu certo? Porém minha farofa era muito pobre: Manteiga derretida e farinha. Puf! Só isso. Minha tia resolveu me ajudar a dar um gostinho à parada.
"- Marcos, pegue a metade de uma cebola e pique tudinho. Agora pegue um dente de alho e faça a mesma coisa. Pegue o machucador e deixe virar uma papa. Pronto. Agora faça sua farofa".

Ficou totalmente excelente!

Eu nunca havia comido farofa igual à minha. E desde esse dia, venho inventando arte na cozinha.
Esse blog em si, será para relatar algumas outras histórias sobre minhas aventuras na cozinha. Uma das minhas novas paixões... Espero incentivar mais pessoas a se arriscarem. Porque se eu consigo, porquê você também não tenta?